Funções sexuais nas lesões medulares

sexta-feira, 4 de março de 2011

"Alunas do 4º ano de fisioterapia ( Kézia e Sara) estão realizando um programa de tratamento para pacientes com lombalgia, interessados favor passar nome para Juliana na clinica da faculdade” , ou mesmo entrar em contato pelo blog na coluna de recados do lado esquerdo da tela.

Para quem é formado com certeza se lembra da dificuldade de realizar um bom trabalho de conclusão de curso, e quem ainda não o fez é bom já ir se preparando, quanto antes melhor.

Segue matéria.
As funções sexuais nas lesões medulares
Introdução
A abordagem desse tema geralmente acontece com um profissional que o paciente sente mais afinidade. Tema este que deve ser conhecido pelo profissional da saúde para aconselhar e esclarecer o paciente da forma mais natural possível.

Profissionais da área da saúde precisam ter cuidado para que as pessoas com incapacidade física possam aprender mais sobre si mesmas, não se limitando a informações focais ou generalizadas, quando não errôneas, a respeito de suas incapacidades físicas. A falta de orientação do paciente, muitas vezes deve-se a falta de orientação profissional.

A trajetória da atividade sexual após lesão medular inclui um período de assexualidade, seguido por um período de redescoberta que ocorre durante o tempo de reabilitação. Apesar de ocorrer um período de “luto sexual” é recomendado um período espera e quando sentir-se pronto dar início à reabilitação da vida sexual.

A resposta sexual masculina
A resposta sexual está diretamente relacionada com o nível e a abrangência da lesão. Da mesma maneira que a função vesical e intestinal, as capacidades sexuais são divididas de modo amplo entre lesões de neurônio motor superior (NMS) e lesões de neurônio motor inferior (NMI).

Capacidade erétil
Há dois tipos de ereção: a reflexogênica e a psicogênica. As ereções reflexogênicas ocorrem em resposta a uma estimulação física externa dos genitais ou períneo. É necessário um arco reflexo intacto (mediado por S2, S3 e S4). As ereções psicogênicas ocorrem por meio de atividade cognitiva, como fantasias eróticas. Elas são mediadas pelo córtex cerebral através dos centros medulares toracolombar ou sacral.

Ejaculação
Há uma incidência mais alta de ejaculação em pacientes com lesões de NMI que em com lesões de NMS, entre lesões de nível baixo versus lesões de níveis mais altos, e lesões incompletas em comparação com completas.

Historicamente, poucos pacientes com lesão medular são capazes de gerar filhos. Esse baixo nível de fertilidade está associado com um comprometimento na espermatogênese e uma inabilidade de ejacular. Contudo, evidências recentes sugerem melhora da resposta ejaculatória e uma qualidade mais alta de sêmen por meio de estimulação vibratória. As amostras produzidas são usadas para inseminações intra-uterinas.

Orgasmo
O orgasmo e a ejaculação são dois eventos separados. O orgasmo é um evento cognitivo, psicogênico, enquanto a ejaculação é um evento físico. Existem problemas metodológicos pela falta de critérios para definir orgasmo, e diferenciar orgasmo de ejaculação e uma explicação fisiológica de como se chega ao orgasmo sendo um paciente com lesão medular completa. Atualmente não existem dados acurados disponíveis sobre os efeitos da lesão medular no orgasmo.

A resposta feminina
As respostas sexuais femininas também seguem um padrão relacionado com a localização da lesão. Em pacientes com lesões de NMS, o arco reflexo permanecerá intacto. Portanto, os componentes do despertar sexual (a lubrificação vaginal, engurgitamento dos lábios e ereção do clitóris) ocorrerão por meio de estimulação reflexogênica, porém a resposta psicogênica será perdida como no homem.

Menstruação
O ciclo menstrual é tipicamente interrompido por um período de mais ou menos de um a três meses após a lesão medular. Depois desse período, o fluxo menstrual retorna ao normal.

Fertilidade e gestação
O potencial para concepção permanece preservado. A gestação deve ser rigorosamente planejada pelo alto risco de comprometimento respiratório. Devido a alteração da sensibilidade, o trabalho de parto não será sentido, mas deverá ser percebido. O trabalho de parto pode precipitar o aparecimento da disreflexia autonômica. Tudo isso pode ser minimizado com um internamento hospitalar prematura antes do parto.

As contrações uterinas são controladas por ação hormonal e não são afetadas pela paralisia, mas a ação da musculatura abdominal estará paralisada, o que poderá aumentar o trabalho de parto em caso de parto natural.

Orientações para reabilitação
Nos casos de lesão medular, o intercurso sexual pode não se processar de modo espontâneo, faz-se necessária uma preparação, como esvaziamento da bexiga, adequação de posição, etc. O deficiente físico pode e deve procurar sua satisfação sexual. A ênfase no genitalismo como única forma de expressão e gratificação sexuais pode ser trabalhada na reabilitação, desde que haja interesse e o movimento seja adequado para o cliente, bem como se faz necessário ter profissionais aptos a trabalharem com as questões emergentes.

A importância de conhecer as zonas erógenas potencialmente causadoras de satisfação após a lesão é aconselhada por diversos autores. Estes autores referem que a sexualidade possui outras implicações, conectadas intimamente com especificidades emocionais, que deve ser explorada por uma atividade diversificada. A alteração da sensibilidade perineal pode ser substituída pela exploração e descoberta de novas zonas erógenas.

Não raramente, a dependência física é acompanhada por dependência emocional, levando o indivíduo a afastar-se do processo de busca de sua integridade psíquica que muitas vezes é abalada. Alguns apresentam atitude de negação da realidade, grandes expectativas, etc.

Alguns comportamentos são esperados, como por exemplo: negação da própria deficiência e depressão reativa conseqüente da perda da autoestima, mas podem, com o tempo e devido tratamento, ser substituídos pela aceitação da realidade.

Existem alguns aspectos que passam por um processo de adaptação e estão fortemente relacionados à sexualidade: imagem corporal, auto-estima e identidade sexual. O ajuste sexual desempenha papel importante, justamente por estar interligado com a auto-estima. Podem aparecer também sentimentos de vergonha, medo, considerando alguns que sua deformidade venha a ser motivo de rejeição social e sexual, podendo acarretar em isolamento por parte do portador de lesão medular, contribuindo para dificuldades no ajuste sexual.

Com a instalação da deficiência, muitas vezes se faz necessário ocorrerem novas adaptações no relacionamento sexual que, se não forem discutidas e experimentadas, poderão resultar numa inadequação sexual, o que pode significar um prejuízo para a reabilitação global da pessoa.

A falta de disposição de um paciente para falar sobre sexualidade não significa, necessariamente, falta de interesse, podendo estar ansioso ou temeroso sobre as implicações sexuais acarretadas pela incapacidade física, ou pode ainda não ser o momento adequado para se trabalhar esse aspecto.

Segundo Krusen, a sexualidade é uma questão que faz parte da saúde e bem-estar de um indivíduo. A reabilitação preocupa-se com o paciente integralmente e, portanto, a sexualidade, como função natural, faz parte desse todo. O processo de ajustamento sexual varia de acordo com cada paciente e depende de alguns fatores, incluindo ajustamento psicológico prévio, qualidade do sistema de apoio, idade, sexo, saúde física, sistema de crenças e tipo de lesão.

Conclusão
A obtenção da satisfação sexual por estimulação dos órgãos sexuais por si só não é determinante da satisfação sexual de forma geral, havendo outros fatores que podem interferir positiva ou negativamente nessa busca, compondo um complexo que pode envolver capacidade criativa, capacidade de imaginação, compreensão da parceira, etc.

A relação sexual da pessoa com lesão medular deve ser fundamentada numa visão ampla de sexualidade, não somente no ato sexual em si, mas em atitudes que englobam sensibilidade espiritual, não somente física, entre comportamentos, emoção e amor. Após uma lesão é necessário redescobrir-se, descobrir a si mesmo, a sua nova condição física e extrair a melhor função apesar das limitações impostas pela lesão.

Pessoalmente, aprendi mais sobre sensibilidade com meus pacientes do que jamais poderia ensinar a eles. Não estou me referindo sobre a sensibilidade que é óbvia, a física e que pode ser testada com um mapa dermatométrico. Falo de sensibilidade de verdade, o sentir o mundo com ternura e afeição. Talvez uma pessoa não possa sentir o toque, o abraço e a caricia como antes, mas certamente ela não perdeu o dom da sensibilidade. Existem outras formas de sentir.

Referências
ALVES, A. S. Um estudo sobre a satisfação sexual de pessoas portadoras de lesão medular. Acta Fisiátrica 6(1): 6-9, 1999.
GARRETT, A. Da actividade sexual à sexualidade após uma lesão medular adquirida. Rev. Da Faculdade de Ciências da Saúde. Porto: 2009.
O’ SULLIVAN, S. Avaliação e tratamento. São Paulo: Editora Manole.

FONTE: http://terapiadomovimento.blogspot.com/

Pós-Graduação / Podoposturologia

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Usando como exemplo os temas “Saúde e bem estar I, II e II”, hoje vamos dar início a sessão Pós-Graduação, na qual estarei mensalmente realizando um resumo sobre alguma especialização. No mês de fevereiro inicia-se por Podoposturologia.

clip_image002

A Podoposturologia teve origem na França e é um método de correção de desequilíbrios corporais relacionados com a postura e com disfunções ortopédicas que tenham origem nos pés. Este método de tratamento não invasivo é feito com técnicas manuais e correção com órteses plantares com estímulos mecânicos e proprioceptivos que são relacionados ao sistema nervoso.

As alterações nos padrões posturais observadas no exame de baropodometria podem desencadear dores na região Iombar, quadril, joelho, tornozelo e pé. Estas alterações podem ser prevenidas e tratadas através de um novo conceito denominado de palmilha postural. Este conceito utiliza os princípios da neurofisiologia humana.

Para auxilio na avaliação podoposturológica temos a baropodometria computadorizada, um equipamento que possui uma plataforma de pressão que através de sensores capta as pressões plantares e também os deslocamentos do corpo no espaço, ou seja, as oscilações posturais e o equilíbrio por meio da quantificação da posição corporal em relação a sua base de suporte que assegura o centro de gravidade dentro do polígono de sustentação.

Esta plataforma nos auxiliará tanto na avaliação para o diagnóstico das alterações plantares, como também nos guiará em relação ao tratamento. A avaliação será feita sempre direcionada aos desequilíbrios do paciente sendo eles estáticos, dinâmicos ou da postura. O equilíbrio, essencial no controle postural, também é avaliado com a plataforma.

Para que serve a Baropodometria ? Indicações.

A baropodometria serve para quantificar e avaliar com maior precisão o tipo de pisada e as alterações que as doenças que envolvem os pés causam na marcha do paciente.

Tipo de Pisada: Avaliação da pisada neutra, pisada pronada (pé chato, pé plano) ou pisada supinada (pé cavo, pé alto).

Calosidades: Determina as áreas de maior pressão e correlaciona com possíveis calosidades plantares.

Dor plantar: Avaliação de metatarsalgias (dor na porção plantar e frontal do pé).

Áreas de risco (Diabetes): Ótimo exame para mapear as áreas de maior pressão na planta do pé, prevenindo lesões pela perda da sensibilidade, que coloca em risco o aparecimento de úlceras de pressão e feridas em pacientes diabéticos.

Alterações Anatômicas: Avaliação de traumas, amputações e deformidades congênitas do pé que causam transtornos por alterações do apoio e da marcha.

Prescrição de Órteses: A baropodometria nos auxilia a prescrever palmilhas e outros tipos de órteses plantares com maior precisão.

Avaliação de Tratamentos: Permite comparar o processo evolutivo de um tratamento ortopédico, cirúrgico ou conservador, confrontando o estado inicial (primeiro exame) com um estado atual (último exame).

clip_image001[5]

Estes estímulos são feitos com elementos confeccionados em EVA e espuma com densidades e espessuras diferentes, que dependendo de cada caso serão inseridos na palmilha. Esta palmilha então é adaptada ao pé do paciente através do processo de termomoldagem, que favorece o maior contato da palmilha com os pés e facilita assim a captação dos estímulos pelo sistema nervoso.

Esta palmilha tem como objetivo, reduzir o pico de pressão e distribuir a força de reação do solo por toda a região plantar. Por estarem posicionadas entre o pé e o calçado, as mesmas aumentam a eficiência do controle postural durante a posição ereta, na caminhada e na corrida.

podo

A indicação das palmilhas é feita com base nos resultados da avaliação, sendo que cada paciente somente receberá os estímulos para as alterações encontradas, não existindo nenhum protocolo de colocação dos elementos, ou seja, a individualidade do individuo é preservada.

 

Fontes: http://www.salgadosaude.com.br/

http://www.podoposturologia.com.br/

www.podoposturologia.org/

Fisioterapia Forense

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Oi pessoal, como está o finalzinho das suas férias? Bom, digamos que estou ansioso para o próximo semestre talvez por isso esteja demorando tanto para passar essa semana.

Em revistas online me deparei a uma categoria Fisioterapeutica que particularmente nunca tinha lido sobre, o texto a seguir se difere das características do blog pelo seu tamanho, mas vale a pena conferir, bem vamos lá. fisio_606s copy

O autor é fisioterapeuta e presidente da Associação Brasileira de Fisioterapia Forense – ABFF.

Estamos passando por um período diferenciado em relação à utilização das ciências da área da saúde no cenário jurídico/forense. Basta observarmos a utilização pelo judiciário de laudos de profissionais desta área, como elementos de muita relevância às decisões dos magistrados e conseqüente aplicação da justiça. Neste universo podemos ver solicitações jurídicas a médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, odontólogos e psicólogos em um volume crescente, nas mais diversas esferas do judiciário. E, por caracterizar uma ação que foge ao habitual destes profissionais, esta área de atuação para os mesmos acabou sendo batizada de “forense”, “jurídica” ou “legal”, sendo usualmente nominada como: Medicina Legal, Fonoaudiologia Forense, Fisioterapia Forense, Odontologia Forense e Psicologia Forense. Entendemos então que estas profissões da área de saúde determinaram campos de atuação, que para algumas constituem especializações acadêmico/profissionais, na interface das áreas institucionais ligadas a justiça.

Chamamos a atenção neste texto para a Fisioterapia Forense, que vem demonstrando um crescimento ímpar neste cenário jurídico. Como tentativa de justificar este crescimento, podemos dizer que a massificação universal em relação aos aspectos da funcionalidade humana, norteados pelos países membros da OMS – Organização Mundial de Saúde a partir de 2003 pode ter sido a grande responsável. Pois com a determinação da adoção da CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, se potencializou a atuação do profissional Fisioterapeuta, cuja área de atuação caracteriza-se também pela quantificação e qualificação das incapacidades físicas.

É fato que qualquer doença ou acidente determina injúrias físicas e/ou cognitivas. Em conseqüência destas injúrias invariavelmente se instalam graus de incapacidade, ou de déficit funcional. Em relação aos aspectos físicos estes danos podem resultar em comprometimento de diversas funções do indivíduo, tais como: força, flexibilidade, equilíbrio, sensibilidade e capacidade aeróbia. E como o profissional Fisioterapeuta tem formação específica nesta matéria, mostra ser um grande auxiliar aos atores de um processo jurídico, quando solicitantes deste préstimo. Isto é muito bem demarcado na justiça do trabalho e na previdência social, onde o Fisioterapeuta pode verificar se existe relação entre a incapacidade físico-funcional apresentada pelo autor (reclamante) e o trabalho executado, e também quantificar esta provável incapacidade, sendo então uma excelente ferramenta ao prepostos das partes e ao juiz.

A Fisioterapia Forense então caracteriza uma atuação fisioterapêutica específica à emissão de laudos e pareceres, para utilização no universo forense/jurídico/legal, ou do direito. Estes documentos, à luz da exclusividade profissional são elaborados a partir de uma conclusão diagnóstica, designada “diagnóstico cinesiológico funcional”, que em várias situações da justiça é necessária, tanto para quem acusa para quem se defende e para quem julga. Ou seja, a função de perito judicial ou de assistente técnico das partes está inclusa na Fisioterapia Forense.

Então, estabelecer parâmetros de quantificação, qualificação e nexo entre o “estado mórbido” no aspecto físico e o acidente/doença é função do “Fisioterapeuta Forense”, e isto por si só já se caracteriza como uma ferramenta utilizável em diversos campos do direito, ou a ser utilizado para este fim. Podemos citar algumas situações:

Em ações relativas à PREVIDÊNCIA SOCIAL, similarmente à anterior, os Fisioterapeutas são solicitados a prestarem seus serviços tanto para o autor quanto para o réu, e neste cenário também podem ser nomeados peritos judiciais.

Em ações na JUSTIÇA DO TRABALHO, também é viável a atuação de Fisioterapeutas nestes três pontos do cenário jurídico, ou seja, indicados como assistentes técnicos das partes e como peritos nomeados pelo juiz.

Outras situações conhecidas necessitam desta ação fisioterapêutica, seguindo basicamente a mesma linha de atuação em relação à contratação profissional: ações relacionadas ao direito de utilizar VEÍCULOS ADAPTADOS, ações relacionadas à compra de veículos com REDUÇÃO DE IPI, ações relacionadas às seqüelas ocasionadas por ACIDENTES EM VIA PÚBLICA, e ações relacionadas às seqüelas ocasionadas às mais diversas formas de injúrias/danos físicos. Da mesma forma, AUDITORIAS a processos clínicos fisioterapêuticos em que o desfecho da atuação profissional (planos de saúde, seguros saúde, programas de saúde da família…), possa desencadear litígios, são caracterizadas como uma atuação de Fisioterapia Forense.

Resumindo, onde existir uma incapacidade físico-funcional que necessite ser quantificada e qualificada (eventualmente tendo que se estabelecer um nexo técnico) para ser utilizada em qualquer processo jurídico/legal, existe a necessidade da atuação do “Fisioterapeuta Forense”, e isto por si só, basta para demonstrar a importância da utilização deste profissional e a responsabilidade que acompanha sua atuação.

http://www.fisioterapiaforense.com.br

Termino parabenizando meu grande amigo e visitante do blog Matheus de Oliveira Martins, agora um acadêmico da UNESP – Espero que seja um ótimo profissional, e se torne um grande Personal Trainer.

Revistas Online - Fisio

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Bom pessoal, quero agradecer as visitas e os comentários enviadas por e-mail e no mural de recados, obrigado por seguirem o FisioFac. E obrigado também pelos comentários de minha entrevista sobre a Ortomed no canal Mix Regional e sobre Podólogia por nossa podóloga Dryellen Duarte na Rede Família (Quem assistiu sabe que eu só apareci para comer camarão kkk)

Deixo algumas revistas importantes de fisioterapia, e minha opnião sobre a mesma, espero que usufruam o máximo e continuem seguindo o blog. Esse ano promete muitas novidades fiquem atentos.

Mas, antes disso visite o blog do meu amigo Dr. Fernando Vanderlinde ( Autor e misnistrante do curso internacional Fisiogames e Wii Reabilitação; Membro Games for Health; Membro e Representante Brasil América Latina Games4Rehab; Consultor internacional de Games Saudáveis e para Reabilitação…)

Click na imagem para vistar o blog.

image

 

Fisioterapia em MovimentoArtigos em Pdf, análises-efeitos-estudos.

image

Revista NovaFisioAgenda de eventos nacionais, classificados e últimas notícias.

image

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – UCB – Ótimo banco de dados para realizar pesquisas.

image

FisioBrasil- Mais uma revista para assinatura e consulta online de matérias.

image

Revista Brasileira de Fisioterapia- Grandes publicações.

image

FisioNet – A chamada “Fisioterapia na internet” não deixa a desejar, para você que quer ficar atualizado sobre: Ténicas, Artigos, Legislação, Matérias, Monografia e Teses; não pode deixar de visitar.

image 
Desejo boa sorte a todos que continuam vencendo dia após dia dificuldades para continuar estudando ou trabalhando na nossa área, e não desistiram, pois nós sabemos que infelizmente a fisioterapia ainda está longe de ser uma maior de rosas em nosso país. Fiquem com Deus.

WiiReabilitação-Diversão rima com reabilitação

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

clip_image001

A realidade virtual hoje assume um papel decisivo quando o tema é a reabilitação de pessoas.
O vídeo-game Nintendo Wi® tem sido apontado por seu diferencial em funções terapêuticas. De olho nesta nova tecnologia à serviço da saúde, diversos hospitais e centros de reabilitação em todo o mundo estão utilizando o Nintendo Wii® como ferramenta da Fisioterapia, para ajudar os pacientes a se recuperarem das sequelas de lesões como o AVC, o trauma raquimedular e outros tipos de lesões neurológicas. O Wii exige que o paciente execute movimentos semelhantes aos praticados nas sessões de fisioterapia. Os pacientes jogam neste sistema durante a sua sessão de reabilitação, sob supervisão de um profissional fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional.

A tecnologia do Nintendo Wii Fit é tão precisa que pode ser comparada a aparelhos projetados especialmente para a fisioterapia. A tábua do Wii é composta por sensores que movimentam o avatar, bonequinho do video game, a qualquer leve pressão.

Pacientes da clínica de fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo usam a plataforma do Nintendo Wii como auxílio no tratamento de problemas ortopédicos e neurológicos.

A chamada Wii Reabilitação é também utilizada por profissionais de Saúde nos EUA, Europa e Chile, como no Hospital Herrin, St. Mary's Medical Center em S. Francisco, Hospital Herrin, de Illinois, Hines Veterans Affairs, de Chicago, Centro Médico Walter Reed Army, em Washington, Hospital Del Trabajador Santiago entre outros. No Reino Unido, a Nintendo Wii Fit Plus® tornou-se o primeiro jogo eletrónico a ganhar apoio oficial do Sistema Nacional de Saúde e nos EUA ganhou apoio em 2010 da associação Americana de Cardiologia. No Brasil, um dos precursores deste sistema, Fernando Vanderlinde - é pesquisador e atua na criação de jogos para a saúde, tem lecionado cursos e implantado este sistema em clínicas de fisioterapia, com respostas
eficientes em diversos tratamentos, que envolvem necessidades de reabilitação.

Os terapeutas que trabalham com essa nova ferramenta afirmam que a utilização do Nintendo Wii® no processo de reabilitação ajuda os pacientes a recuperarem o equilíbrio, a coordenação motora, a resistência cardiorrespiratória e a força muscular de braços e pernas.

Nós acadêmicos sabemos que os movimentos repetitivos costumam desanimar, mas quando o vídeogame é usado como ferramenta para reabilitação, os pacientes recuperam força, equilíbrio se divertindo. É uma forma lúdica de terapia que não deve substituir inteiramente a terapia convencional, mas serve como mais uma ferramenta da reabilitação, facilitando a adaptação e recuperação do paciente.

Para quem acompanha o blog sabe que eu tenho que vivenciar cada matéria, por a prova sua funcionalidade e essa não poderia ser diferente.
Já adquiri meu Wii e estou tentando convencer minha família de que não estou viciado, apenas estou usando de certo modo um material  fisioterapeutico nas férias pra não ficar parado… bom não colou né?, talvez eu esteja um pouquinho viciado mesmo. kkkk

 

www.mp-therapy.com

www.veja.com/saude

Outros...

Exercícios Proibidos

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Olá pessoal, quanto tempo não? Como está sendo o seu verão?

Enquanto não começa as aulas vou tentar me aprofundar em atividades que realizamos neste verão, será uma continuação de certo modo de “Verão sem lesão” e “ Exercícios : Não destrua sua Coluna”, hoje vou postar para vocês uma matéria que gostei muito sobre uso de pesos e a sua consequência no seu corpo,escrita por um Ed. Físico, de certo modo os educadores físicos estão dando o braço a torcer de que existem muitos mais cuidados além de um alongamento. Acredito que não apenas alunos que pretendem se formar em Fisioterapia Desportiva devem prestar um certo cuidado a exercícios físico e seu mecanismo como um todo. Segue a matéria na integra, espero que gostem. 

Os 5 Exercícios Proibidos Na Musculação

Quando falamos sobre seleção de exercícios, geralmente falamos sobre os exercícios que você deve fazer, mas isto não é o suficiente. Também devemos observar o outro lado igualmente importante da moeda: os exercícios que você não deve fazer.

Pense a respeito disso, você pode estar fazendo todos os exercícios certos, mas se você fizer apenas um que não deveria – porque ele é ineficaz ou inseguro – os seus resultados irão sofrer. Na melhor das hipóteses, um exercício ruim vai destruir a sua capacidade de recuperação.

Na pior das hipóteses, uma seleção ruim de exercícios pode gerar lesões que forçarão você a ficar um tempo longe da academia, e se você não percebeu, caso você não treine você não terá ganhos.

Aqui estão cinco exercícios que você deveria largar como se fosse um hábito ruim para a saude.

1. Desenvolvimento Por Trás da Nuca
clip_image001

Pergunta rápida: Você pularia de cima do telhado da sua casa só para conseguir ativar o máximo de fibras musculares das pernas ? Eu vou assumir que não.

Talvez você conseguisse realmente recrutar mais fibras musculares pulando do telhado, mas isso não faria muita diferença, pois você ficaria mais ocupado com coisas como: a) chorar como uma garotinha, b) chamar a ambulância, e c) procurar onde os seus joelhos foram parar.

Seguindo o mesmo padrão, não há dúvidas que o desenvolvimento por trás da nuca são ótimos para estimular o crescimento dos deltoides. Mas só porque um exercício é bom para um músculo, não quer dizer que ele seja bom para os seus ligamentos.

O principal problema com o desenvolvimento por trás é que ele é um movimento feito com os ombros em uma abdução externa e horizontal máxima. Em outras palavras, você é forçado a fazer o movimento no limite dos ligamentos do ombro.

Fazer o movimento até o limite do ligamento não é nada anormal, porém se torna muito menos seguro quando você é forçado a levar até o limite em toda repetição e série e com uma barra cheia de pesos nas mãos.

Enquanto é verdade de que os ligamentos dos ombros são os ligamentos mais móveis do corpo, ele é também o mais instável. Então, só porque você consegue colocar uma barra atrás da nuca, não quer dizer que você deve fazer movimentos repetitivos, contra uma carga na mesma posição.

É claro que existem pessoas que se dão muito bem com o desenvolvimento por trás da nuca e nunca tiveram problemas. Da mesma forma que existem pessoas que fumam e nunca tiveram um problema de saúde. Em ambos os casos você está apostando e a sorte não está ao seu lado.

2. Remada Em Pé

clip_image002

Você nunca deveria fazer remada em pé. Ponto final.

Assim como no desenvolvimento por trás da nuca, a remada em pé faz um ótimo trabalhado em estimular os músculos mediais do deltoide e a parte superior do trapézio. Infelizmente, este exercício também faz um ótimo trabalho em causar ou agravar a síndrome do impacto no ombro.

A síndrome ocorre quando o tendão do supra-espinal(no ombro)  acaba inflamando devido a pressão contínua contra o acrômio acima dele.

O teste realizado por médicos para descobrir a existência da síndrome do impacto no ombro envolve colocar o ombro em uma posição que justamente coloca tensão sobre o supra-espinal, se o paciente demonstra dor é porque existe alguma inflamação.

O movimento que é usado para testar a síndrome tem o mesmo objetivo que o da remada em pé. Junte os pontos…

Para aqueles que irão fazer a remada em pé de qualquer jeito, pelo menos usem halteres, pois assim é possível aumentar a distância da pegada ao chegar na posição de cima do movimento. Isto é menos danoso às articulações do ombro comparado a remada em pé com barra.

3. Encolhimento Girando Os Ombros

clip_image003

O encolhimento de ombros é para construir massa muscular nos trapézios, certo ? Bem, a função primária dos trapézios é encolher ou elevar os ombros. Então faz sentido pensar que “encolher o ombro” constrói massa no trapézio. Até agora tudo bem, mas vamos dar uma olhada no que acontece quando você roda o ombro no topo do movimento:

Girar os ombros para frente move a linha de força para o lado anterior e longe do trapézio, justamente o contrário do que você quer fazer.

Além do ato de girar os ombros durante o encolhimento não ajudar no exercício, pode ser maléfico. Girar o ombro durante o encolhimento serve apenas para uma coisa: mostrar para todos na academia que você não tem a mínima idéia do que está fazendo.

Se você insiste em girar os ombros durante o encolhimento, pelo menos gire para trás. Dessa forma você pode dizer que o trapézio até está fazendo um pouco mais de trabalho. Não é tão efetivo como fazer o encolhimento corretamente, porém não é totalmente inútil como girar para frente.

4. Abdominais Girando O Tronco

clip_image004

Muitas pessoas preferem fazer os abdominais girando o tronco para atingir o abdômen e os oblíquos ao mesmo tempo, matando dois coelhos com uma cajadada só. Faz sentido, mas existe um problema…

Quando você faz um abdominal – ou um abdominal completo onde o lombar não permanece estável no chão – a vértebra lombar se inclina para frente, o que é chamado de flexão. O problema é que uma flexão espinhal coloca muita pressão sobre os discos intervertebrais.

Mas existe um movimento muito mais perigoso do que a flexão: uma flexão combinada com uma rotação. Infelizmente, é exatamente isso que acontece quando fazemos um abdominal girando o tronco.

Esta flexão com a rotação força o centro das vértebras onde os discos tendem a causar hérnia.

A não ser que você queira uma hérnia, evite girar o tronco nos abdominais ou qualquer flexão espinhal com rotação.

5. Stiff Com As Costas Arqueadas

clip_image005

Como mencionado acima, uma flexão espinhal(arcar a lombar) coloca muito estresse sobre o centro das vértebras dos discos. Em adição a flexão com rotação, ainda existe um outro tipo de estresse que é ainda pior que a flexão sozinha: a flexão com compressão.

Flexão com compressão também pode ser chamada de flexão sobre carga. Por exemplo: fazer o stiff com as costas arqueadas. (Só de pensar em alguém fazendo isso é doloroso).

Uma coisa é curvar as costas para encontrar nos dedos dos pés, outra coisa totalmente diferente e perigosa é quando você adiciona peso nisso. As forças da carga aumentam exponencialmente a tensão colocada sobre os seus pobres discos.

Fazer Stiff com as costas arquedas é pedir para ter hérnias de disco!

E não pense que só porque você já fez isso e não teve hérnias que você nunca terá. Hérnias de disco são causadas por lesões repetitivas e que ocorrem gradualmente com o tempo. Esse é o principal motivo do porque você deve proteger a todo custo a sua lombar, desde o inicio da sua carreira como “marombeiro”.

Além do stiff, as pessoas tendem a curvar as costas durante o agachamento, remada curvada e remada sentado. Independente de qual seja o exercício, sempre mantenha as costas retas durante todo o movimento, especialmente quando você está levantando pesos.

Estimule os músculos, mas com segurança!

Lembre-se, um exercício pode ser bom para os seus músculos, mas pode estar danificando os seus ligamentos. Os cinco exercícios acima não têm lugar no seu treino se você pretente ter resultados a longo-prazo.

Fonte: http://emedicine.medscape.com/article/92974-overview
Texto por: Dr. Clay Hyght
Texto traduzido do site T-Nation.com por: Equipe Hipertrofia